Squad: a agência que veio pra romper os tabus e padrões de beleza
- Autor (Jefferson Tolledo)
- 8 de mar. de 2016
- 4 min de leitura

O mundo da moda é um meio que obriga você seguir o padrão de beleza mundial, em que você tem que estar dentro daqueles padrões regido pela mesma. Mesmo não concordando com os padrões imposto pela moda, faço parte dela e dai, andei pesquisando posts e materias relacianadas a esse assunto, com pessoas que amam a modam mas são ``fora do padrão´´ e estão dipostas a mudar isso. Nessas minhas pesquisas achei uma agencia super nova aqui no Brasil...Com um pouco mais de dois meses no mercado, essa agencia veio pra quebrar todos esses padrões impostos pela sociedade (mundo da moda), sem perder o estilo e originalidade. A Squad Agency formada pela jornalista e stylist Thais Mendes e a produtora Patrícia Veneziano, esta a procura de pessoas de todos os biotipos, sem excessão de gênero, cor, corpo, estilo, nada disso conta para elas, o que elas levam em consideração é se os modelos fotografam bem, tem estilo, personalidade, são criativos, interessantes, autênticos, tem magnetismo, é o que conta de verdade. E por fim, nessa minha pesquisa achei uma entevista que as fundadoras da ``agência´´ deram para a Revista ELLE que gostei muito e chamou muito minha atenção, vou deixar um pouco da entrevista aqui abaixo no poste. Confiram!!!!

- Vi muitas pessoas falando sobre a falta de meninas gordas nos comentários de vocês. Você acha que este é um padrão a ser quebrado também? Pretende futuramente integrar estas meninas no casting?
Com certeza! Tem que ser quebrado. O Brasil é um país ainda extremamente conservador, o que é quase um absurdo por ser um país supostamente tão livre. Eu fiz questão de criar uma agência extremamente inclusiva, onde as pessoas são o que elas são, porque o futuro é esse, e quem não abraçar essa ideia vai ficar pra trás.
Na verdade já temos dentro do casting pessoas que a indústria considera "plus size", mas como não tiramos medidas quando elas vêm fazer as fotos, é difícil as pessoas de fora saberem qual o tamanho real de cada menina. E como o site com todo o escopo do nosso casting não está no ar, as pessoas fizeram julgamentos baseados nas poucas fotos que estão circulando. Mas o mais irônico é que por mais que muitos comentaram que as pessoas da Squad são "todos magros e padronizados", eu tenho certeza absoluta que antes da Squad, muitas agenciadas não passariam num casting de passarela ou editorialmainstream, ou mesmo seriam convidadas pra fazer fotos. É um paradoxo interessante: de um lado elas são fora do padrão, de outro considerada padronizadas, depende do contexto. A verdade é que todos são pessoas únicas, e nós respeitamos e admiramos cada um deles. Eu particularmente não gosto de usar o termo "plus size" de qualquer maneira, porque isso virou uma maneira de a indústria se desvencilhar de ataques e criar um nicho onde é ok ter modelos "fora do padrão", mas acaba segregando igualmente.
Somos absolutamente a favor de ter pessoas de todos os tamanhos dentro da Squad, todos os gêneros, todas as formas de existir, e isso vai ser muito visível muito em breve. Vai ter e já tem pessoas, baixas, altas, magras, gordas, "plus size", trans, gender fluid, não depiladas, com vitiligo, negras, brancas, e por aí vai. Se elas fotografam bem, tem estilo, personalidade, são criativas, interessantes, autênticas, tem magnetismo, é o que conta de verdade.

- De onde veio a ideia de montar a Squad?
Faz alguns anos que tive essa vontade, por que eu sabia que o Brasil é cheio de pessoas incríveis dos mais diversos backgrounds culturais, mas o mercado sempre foi muito conservador e elas raramente tinham espaço na mídia. Mas a internet mudou o jogo de maneira irreversível, e quem não tinha exposição hoje em dia tem. Em Londres onde moro, street casting (ou casting real) é uma prática comum em grandes campanhas, e achei que já estava na hora do Brasil abrir espaço pra isso. Aí no final do ano passado trabalhando em outra campanha, fotografada no Brasil e de escopo mundial, pude finalmente trabalhar com meninas não modelos. Nesse processo acabei encontrando tantas pessoas interessantes, que me deu vontade de trabalhar com todas, ou pelo menos vê-las nas páginas de revistas, sites, filmes e TV. Eu sabia que isso só seria possível se alguém profissionalizasse a coisa toda, e assim joguei a ideia nas mãos da Pati, que é uma produtora executiva dos sonhos, e ela abraçou a ideia sem medo.
- Como vocês encontram os seus modelos?
Através do famoso Internet Stalking! O que não é fácil, porque obviamente temos que provar o quanto somos profissionais confiáveis e com credenciais de respeito, antes de fazer qualquer convite. Também pedimos indicações de amigos e pessoas que já estão na Squad, porque elas mesmas tem esse olho treinado, e mais raramente vamos pra rua - até porque eu não moro no Brasil, e só posso fazer isso quando estou por aí. Apesar de que esses dias mesmo, fotografando no topo de um prédio em São Paulo, apareceu do nada um garoto que já estávamos a meses de olho na internet, e saímos literalmente correndo atrás dele!

Esse foi nosso primeiro post do blog, espero que tenham gostado. Quem se interessou pela agência e deseja participar da mesma, o instagram da Squad Agency é @SquadBrazil e o email da agência é hello@squad.agency. Até o próximo post!
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